terça-feira, 1 de dezembro de 2009

FUNCARTEMM inaugura o "NAMARRA"

O município de Ourém (nordeste paraense), distante cerca de 180 quilômetro de Belém, é um lugar muito acolhedor, tendo o Rio Guamá um dos cartões postais que encanta e favorece toda a tranquilidade e beleza da cidade; Ourém é famosa pelos festivais de música, já tradicional nos meses de julho (Festival da Canção Ouremense). A música e arte sempre foram muito presentes da vida dos ouremenses, a resistência da cultura popular predominantemente pelos bois bumbás, uma riqueza que precisamos sempre respeitar e manter viva.

A pesar de não haver incentivo algum por parte do município para as manifestações tradicionais de Ourém, Arlindo Matos atraves da FUNCARTEMM (Fund. Cult. de Artes e Esportes Mundico e Manôla) que luta e dedica parte de sua vida pela cultura, arte e esporte de sua cidade. Foi com seus pais (Raimundo e Manoela) que Arlindo aprendeu a valorizar as manifestações e tradições populares. Com respeito e sabedoria cativou e se apaixonou pela arte das brincadeiras de rodas; não é a toa que o bumbá TARJA PRETA hoje consegue unir todos os brincantes de bois de Ourém através da FUNCARTEMM, colorindo as ruas por onde passam, tocando os tambores e cantando toadas para os brinquedos fazerem a festa.
Os mestres de bois de Ourém são um espetáculo a parte, através de suas músicas que tratam dentre tantas questões a consciência ambiental em suas letras, dão um brilho muito especial na brincadeira, acompanhada dos bichos que compõe a comédia do boi bumbá.

A pesar de tantas riquezas, a cultura popular de Ourém vive num verdadeiro descaso, porém, graças ao apoio de entidades como a FUNCARTEMM que no dia 21 de novembro inaugurou o barracão "Namarra", um novo espaço de cultura e lazer que a entidade certamente ali promoverá muitas rodas de bois, espetáculos e apresentações; a festa de inauguração foi muito bonita animada pelos grupos musicais Quaderna (Allan Carvalho) e Carimbó de Bolso (Félix Facon e cia), além é claro da grande roda de bois puxada por João Ceguinho do boi Tarja Preta, Mestre Faustino do boi Pai do Campo, Mestre Tuíte do boi Geringonça e Mestre Cardoso do Boi Ouro Fino acompanhados pelos seus batadores e cantadores (batalhão) o Namarra foi abençoado pela alegria e o carinho de todos os brincantes. A festa ganhou noite a dentro com o som do Quaderna, Carimbó de Bolso e a participação mais do que especial de João Matos, que cantou belíssimas canções, onde todos os convidados puderam prestigiar esse novo espaço dedicado a arte e a cultura Ouremense.




Quero parabenizar o parceiro Arlindo Matos que mais uma vez, com um grande esforço conseguiu realizar mais um sonho e que com o apoio de todos os seus amigos conseguirá fazer muito mais pela sua gente. Um abraço grande aos músicos do Carimbó de bolso e Allan Carvalho do Quaderna que fizeram da noite do dia21 uma grande festa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Brega do Pará

O que é brega? Responderia essa pergunta com outra pergunta. Tudo o que a população de baixa renda produz é lixo? Se você responde que "sim" então tudo o que você repudia é brega; se você responde "não", então o que é brega pode ser uma falta de ordem nos conceitos!

O que difere entre uma marca de refrigerante da outra, não é somente o sabor, mais o quanto você pode pagar por isso. As formas de condução de um produto ao mercado está associado ao mecanismo de comercialização, porém de alguma forma esse produto precisa agradar, essa é a fórmula para garantir o consumo, pelo menos até que outro não supere o seu diferencial com algo a mais. Assim mesmo é com o produto musical, seja ele qual for, com diferenças simples, o local de consumo e seus condumidores.



Hoje especificamente em Belém, o technobrega, o techonomelody e as várias derivações que surgiram da música boêmia da periferia, estourou de maneira grandiosa quando a população passou a ter acesso aos mecanismos de criação desse condeúdo; os computadores, os programas de computadores (softwares) e a internet demarcaram o início da evolução de uma cultura popular que agrada e desagrada ao mesmo tempo, é a música brega da atualidade, o "boom"da pirataria como globalizando, chegando a lugares que nem mesmo a TV aberta alcança.

A pirataria foi o mecanismo condutor do produto de consumo da música eletrônica, que associada aos ritmos da periferia com jargões e pouquíssima informação e mais gestos, caracterizou o modelo do ritmo que hoje movimenta um mercado de mais de 15 milhões ao ano só na região metropolitanade Belém.

Não há espaço para todos no mercado formal isso é um fato, dessa maneira com um pouquinho de criatividade com as palavras, um computador qualquer e um programa pirata, pode dessa mistura surgir um estouro nas festas de aparelhagem, local onde é a fonte geradora da música brega do Pará.

A comercialização de CDs é um pequeno gerador de renda ao produtor do brega, da distribuição até a audição pelo consumidor final, seja nos bares, nos carros e pequenas festas mantém a cadeia produtiva do gênero musical, mas é nas grandes festas de aparelhagens que tudo acontece. Um público da média de 3 mil pessoas por evento frequentam os ambientes das aparelhagens, regados sempre pelo álcool, os jovens dos bairros próximos se concentram para como dizem "curtição", um momento de extravasar as energias em maneira própria deixar de lado os diversos problemas sociais de cada um.
Como toda a foma de concentração juvenil, assim como no futebol as festas de aparelhagens reúnem as equipes. Grupos que produzem suas próprias músicas ou pagam para ter uma música que trate deles, denominados por "galeras". Se uma aparelhagem fizer o capricho de alguma equipe tocando as músicas deles, é o início para o desentendimento com outras equipes ali presentes, acabando então com a alegria de alguns e as vezes de todos.

O documentário "BREGA S/A" de Vladimir Cunha e Gustavo Godinho, retrata muito bem esse universo da música brega do Pará, as inspirações, as criações, os ídolos, o mercado e estilo de vida de quem curte as festas do brega.



Espero que todo essa forte massa tecnologica utilizada na produção e nos eventos da música technomelodybrega falado possa ser um dia ser dançado e curtido com mais alegria e romance com no passado. Se não fosse o forte apelo do sexo como produto e a pobre inspiração de seus criadores, poderíamos dizer que o techobrega hoje é a soma da música brega dos anos 70 e 80 com as batidas eletrônicas dos programas de computador, porém falta muita riqueza em sua inspiração para ter o título de brega de verdade, falta ternura e coragem de dizer a beleza que vida transpira, falta sentimento traduzido em palavras.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Oficina de Iniciação Audivisual - Resultado

Olá...saudade não ne?? hahaha...bem eu estava, então vamos logo esquentando a prosa e conhecendo um pouco mais aee.... abraço a todos!

O Ponto de Cultura Arraial do Saber realizou no mês de maio-junho sua primeira oficina de inciação ao audiovisual. Como proposta de atividade, o Ponto de Cultura de maneira singela, propos uma ação com tecnologia do possível, com uso de câmeras fotográficas digitais, os participantes puderam, a partir das temáticas elaboradas desenvolver seus trabalhos que de uma maneira simples, foram bastante valiosos. A proposta da atividade era mostrar a possibilidade de criação de conteúdos audiovisuais, a partir da experência melhorada com equipamentos simples e até conhecer técnicas mais avançadas no uso de ferramentas de edição de audio e vídeo com uso de software livre. Confiram o resultado dessa atividade abaixo:



sexta-feira, 10 de julho de 2009

Hora de Saúde

Amigos, estarei estas próximas semanas um pouco afastado das prosas de sempre. Estarei em busca de mais saúde, pois o ritmo de vida que tenho praticado, além do peso herdado ao longo de vários anos provocaram na minha saúde, doenças como hipertensão arterial e cálculos biliares, que com a somatização de outras anomalias gástricas provocam dores abdominais que já estavam gerando um desconforto muito grande; assim resolvi que estaria na hora de tomar decisões importantes como o resgate de saúde, assim estarei passando por duas cirurgias na semana que vem. Um passo bastante delicado mais que certamente logo estarei de volto a prosear com todos vocês.

Um grande abraço à todos!!! Até + logo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O ribeirinho e a urbana

Em meados de maio, fui convidado pelo parceiro Bené (Ampliarte - Mosqueiro), para participar de uma atividade audiovisual do Ponto Brasil/TV Brasil. A idéia era, a partir de temas propostos pelo Ponto Brasil, os pontos de Cultura e instituições poderem escolher um dos temas e compor uma idéia. Achei super interessante poder participar pelo nosso ponto de cultura Arraial do Saber, pois estava ai uma oportunidade excepcional para os dois pontos terem um produto (documentário) que iria ao ar em rede nacional e ainda poder explorar as idéias audiovisuais de cada um.

Tivemos um encontro de dois dias com a equipe do Ponto Brasil onde pudemos entender de fato como o projeto iria funcionar. Bem, nos faltava a idéia do projeto, nos reunimos e buscamos por temas que nos atraissem... o tema FRONTEIRA foi o contemplado. Daí mergulhamos no imaginário de questões que remetessem a pontes de ligação e logo nos deparamos com o barrento Rio Guamá, um rio que possui uma extensão de mais de 160km que se inicia no município de São Miguel do Guamá e desemboca na Baía do Guajá em Belém. Fonte de vida e de suma importância aos diveros municípios e lugarejos por onde atravessa. Era o Guamá nossa fronteira a ser explorada.

Mas como tratar de um assunto tão vasto em apenas um dia de gravação, bem, era esse o nosso desafio!
Várias idéias foram avaliadas, como falar de pessoas, jovens que moram na capital com origem nos interiores banhados por rios, e que possuem hábitos de lazer no Rio Guamá. As pessoas que contactamos não deu pé. Então resolvemos falar sobre o ribeirinho, alguém que tivesse de fato uma relação mais profunda com o rio, como uma dependência. Essa pessoa foi então a Lilian que possui Família no Murutucun e o Wilson que é morador da ilha, veja nosso MOC aqui!
Entrevistamos a Lilian que logo nos despertou bastante interesse e iniciamos nossa pré-produção; visitamos Murutucun e conhecemos a família de Lilian e o próprio Wilson, gravamos com ajuda de uma máquina digital e postamos no YOUTUBE. Confira.




E assim prosseguimos com os trabalhos, alugamos as embarcações que iriam nos ajudar no transporte e com as imagens; até que na semana de gravações do Ponto Brasil, nossa equipe se deslocou logo muito cedinho para a ilhas, encontramos a turma do PB no Porto da Palha (no bairro do Jurunas), fizemos algumas imagens ali mesmo, pois o local é o polo de comercialização do açaí dos ribeirinhos e inclusive o próprio Wilson que estava lá comercializando seu produto.
Saímos então com todos os equipamentos rumo a Murutucun, coletamos algumas images do rio, embarcações, ribeirinhos e etc.


Em Murutucun dona Léa, mãe de Lilian já estava de saída pra Belém junto com Sr. Cristóvão. Preparamos o material e alí mesmo na sala da casa fizemos a entrevista com Lilian, ela um pouco nervosa, não perdeu pra nada não, de forma muito bacana contou um pouco de como é sua vida e sua relação com Murutucun.

Ainda tínhamos que fazer as imagens com o Wilson, que até então não havia retornado de Belém, logo iniciamos nossas imagens pelo açaí; Rafael de 12 anos foi quem preparou sua própria peconha e como um lagarto subiu no açaizeiro e desceu com o cacho de açaí nas mãos, debulhou na cesto que eles chamam de "rasa". Até que finalmente chega Wilson, e como tanto queríamos, fomos gravar sua entrevista. E simplesmente Pit, como Wilson é conhecido no lugarejo, em seu belo depoimento fez o silêncio e a emoção brotar na turma ali presente.

Já estávamos como assim dizer "contemplados" com a proposta do documentário, encontramos nas palavras de Wilson uma resposta da significância que o Rio Guamá representa na fronteira com o outro lado de vidas.
Saímos de Murutucun com bastante saudade, em saber que alí pessoas vivem de forma bem diferente da realidade urbana como a de Lilian; experimentar esse convívio com tamanha diversidade real nos faz sentir o quanto a vida tem mais pra nos dizer do que os livros revelam.

Ainda temos algumas etapas, como gravar a trilha sonora que contará com o talendo do guitarista do Arraial Marcelo Pyrull e o percussionista João Paulo. Assim que o documentário "O ribeirinho e a urbana" tiver data para ir ao ar pela TV Brasil postarei aqui para que os amigos possam prestigiar este curioso trabalho.

Até lá então!!!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Arrastão do Pavulagem 2009.1 - 14/06

O primeiro domingo de Arrastão do Pavulagem (14/06), foi marcado por muita alegria ,tanto para os brincantes como para quem constroi essa grande elegria.

O tradicional arrastão iniciou na praça Princesa Isabel na Condor, com a saída do barco que transportou os mastros de São João, os bois Pavulagem, Malhadinho e o boi Orube que estreiou sua participação no barco Pavuleiro. Com muita animação que também ficou por conta do grupo de carimbó Sancari, a embarcação mais animada da quadra junina partiu pelas águas da Baía do Guajará rumo a escadinha da Praça Pedro Teixeira. Ali centenas de pessoas já esperavam com o coração repleto de alegria e com bastante emoção, pois ainda é notado que tanto os bois bumbás como os mastros ainda tem um significado expressivo para os devotos de São João, que se abençoam com os símbolos da festa junina.

Assim que os bumbás desceram, seguidos pelos mastros, deu-se início a mais um Arrastão do Pavulagem que tomou a avenia Pte. Vargas no centro de Belém; o público, neste momento já passava da casa dos mil que contagiados pelos ritmos e batidas que na frente era comando pelo projeto de extensão do Insituto Arraial do Pavulagem, o Boi Orube do Satélite onde cerca de 80 crianças e adolescentes regidos por João Paulo, eram aplaudidos. E muitos brincantes acompanhavam os foguedos do arrastão, como dos mastros, onde os homens e mulheres num forte ir e vir agitavam com as músicas que o tradicional Batalhão da Estrela com dançarinos, percussionistas e músicos de sopro, entoavam as novas e tradicionais canções do Pavulagem.

Na chegada na Praça da República, com a fincação dos mastros, era dada a abertura da quadra junina do Pavulagem que em 23 anos promove essa belíssima brincadeira na cidade de Belém.

O dia foi muito especial mesmo, tanto para o público brincante como para todos que organizam essa festa, com a entrega do espaço cedido pelo Governo do Estado através da Santa Casa de Misericórdia ao Instituto Arraial do Pavulagem, que agora passa a ter um endereço próprio e que certamente potencializará todas as ações que Instituto desenvolve ao longo do ano, viva!!!!

Mais a alegria não ficou por aí não, na sequência o público que ali já eram quase 20 mil pessoas, curtiram a banda Arraial do Pavulagem que encerrou mais um dos domingos mais alegres de junho em Belém. Até o domingo de 05 de julho que acontecerá o último Arrastão do Pavulagem, a alegria nas ruas de Belém e na Praça da República está garantida, então deixe a preguiça do domingão de lado, traga sua família e venha participar da brincadeira pública mais gostosa de Belém, e venha ser mais um pavuleiro de coração!!!

Inté o próximo domingo cumpadis!!!

Fotos: Kate Titan

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cacuriá

Olá, eu já estava com saudades de postar aqui, mas vamos deixar isso de lado prosear com tu pouco mais....


Em pleno mês de junho, onde o norte e nordeste está em festa, quadrilhas, dançasm bois, pássaros e muito mais manifestações culturais estão "bombando" por todos os cantos.
Eu adoro ler, ou vir e assistir a todos os formatos de foguedos populares, mais um em especial tem me cativado bastante a alguns meses chama-se CACURIÁ, que surgiu assim como vários formatos de danças das festas religiosas como a FESTA DO DIVINO, um evento muito comum em quase todos as agrovilas, quilombos e pequenas aldeias populares. Por invenção de Alauriano Campos de Almeida, popular Lauro, em viagens ao município de Caxias no Maranhão em 1975 passou a ser reconhecida pelo governo maranhense como uma tradição cultural, também conhecido como "baile de caixas" e "banbo de caixas", tem o formato de dança em média de 10 pares que dançam em um cordão circular junto com as caixeiras, o centro do círculo é revezado entre rapazes e moças e algumas vezes por pares.

Dentre toda as belezas do Cacuriá, o ritmo das batidas de caixas repondida pelos brincantes provoca uma atração do espectador, que dificilmente se contém, iniciando a bater palmas, girar o corpo querendo entrar na belíssima dança.

Um dos grupos mais reconhecidos do Cacuría, é o "Cacuriá de Dona Teté":

"Em 1924, no Sítio da Conceição, bairro do Batatã, em São Luís do Maranhão. Veio ao mundo pelas mãos de uma parteira, em casa mesmo, como todos em sua família de oito irmãos. Passou a ser chamada de Teté no dia do seu batizado, a pedido do padre, que achava o nome Almeirice muito grande para uma menina tão pequenina.

Criada com a avó paterna e a madrinha – pois perdeu a mãe aos quatro anos de idade e o pai aos quatorze - Dona Teté passou a infância na rua do Cisco, hoje Riachuelo, no bairro do João Paulo. Aos 12 anos começou a trabalhar como empregada doméstica, ofício que só largou aos 58 para cantar cacuriá. Estudava em casa, fazendo cartilha, e cursou apenas a 1ª série do ensino fundamental. Não pôde continuar os estudos por não ter como pagá-los e, também, porque precisava trabalhar. Mas todas essas dificuldades não foram obstáculo para que sua estrela viesse a brilhar anos mais tarde.

Dona Teté define-se como autodidata. Confessa que aprendeu a tocar caixa aos oito anos de idade, “espiando” uma senhora chamada Maximiana, que morava perto de sua casa. Como ninguém da sua família gostava de participar de manifestações populares, ela teve que improvisar uma passagem na cerca do seu quintal para poder ter acesso à casa de dona Maximiana. “Eu aprendi olhando e escutando, ninguém me ensinou”, enfatiza sempre que é questionada sobre o assunto. Assim que aprendeu a tocar caixa, a pequena Teté passou a ser freqüentadora assídua de ladainhas e alvoradas. Sua inserção no mundo da cultura popular se deu por volta dos seus 50 anos, quando começou a participar das festividades do Divino Espírito Santo, promovidas pelo folclorista Alauriano Campos de Almeida, o ‘seu’ Lauro, na Vila Ivar Saldanha, em São Luís. Integrou também o tambor de crioula, mas sua grande paixão passou a ser a dança do cacuriá."

(Fonte: Jornal Cazumbá)

Desde então Dona Teté, faz do cacuriá sua dança, sua força e seu espírito, precisamos de muitas Teté que tenha tamanha coragem de continuar com a arte, toda a alegria que navega na correnteza de suas veias, parabéns a Dona Teté e todos as caixeiras e brincantes maranhenses.

Escute uma das modas de Cacuriá de Dona Teté:

Jabuti-Jacaré


em vídeo do Youtube:







quarta-feira, 27 de maio de 2009

Oficina de Iniciação ao Audiovisual

O Ponto de Cultura Arraial do Saber, está realizando desde 0 dia 18 de maio a Oficina de Iniciação ao Audio Visual, serão 60 horas de atividades que visam dar instruções básicas na linguagem do audiovisual para os 15 participantes. Aos dias de segunda, terça e sábado em 12 horas semanais, os trabalhos estarão voltados para o conceito prático com registros de imagens, áudios utilizando-se celulares e câmeras fotográficas digitais que possam filmar.

O formato da oficina dividiu os participantes em 3 equipes que irão desenvolver pequenos projetos sobre: Cultura Belém (Quadra Junina), Arraial do Pavulagem e Olhar de Belém. Os participantes estão saindo às ruas para coletar imagens para poder desenvolverem seus projetos audiovisuais, que no final serão condensados em um único trabalho como resultado da oficina, que utilizará software livre para fazer a edição dessas imagens.

Para quem tem interesse no processo do audiovisual pode baixar AQUI o material que está sendo utilizado nas oficinas e assim já ir fazendo uma leitura, que já fará uma grande ajuda no entendimento dessa linguagem.

SLIDES: Parte de I a III

segunda-feira, 30 de março de 2009

Plante uma vida!

Aquece, esfria, calor e chuva... onde estamos???



As horas passam e o tempo muda, a vida cresce e desaparece! Onde estão as crenças?
Era de certo erguer o olhar e se encontrar no tempo. Mas que tempo?
O certo agora é incerto, porque o tempo está confuso, será isso mesmo?


Se a gente for parar para analisar, já faz alguns anos que os índices de catástrofes vem crescendo no mundo todo, tsunamis, enchentes, aquecimento terrestre.... o planeta está chorando, pedindo socorro quando será que iremo entender isso?


Será necessário a perda de vidas, a falta de alimento as hipdemias em massa!!!

A verdade é essa mesmo, podemos até fechar os olhos e tapar os ouvidos e o nariz também, mais não conseguiremos fechar a boca, precisamos nos alimentar!


Vamos nos alimentar com o que amanhã? Com sopa de pedra, fervida com água da chuva tóxica? Aff!!!




Pois é, parece um montão de absurdos, mas isso não está longe de aconter não, engano de quem não quer ver isso tudo; pode até ser que não estejamos mais aqui para presenciar tais cenas, mais se nada for feito AGORA, nossos filhos e netos certamente serão as vítimas do nosso descaso; e seremos os verdadeiros culpados por tamanha dor. Estamos instalando o caos!!


E agora vem a boa pergunta: "O que eu estou fazendo para que isso não aconteça?"

Quando alguém tem a brilhante iniciativa de plantar uma árvore, de utilizar meios alternativos de consumo, que tenha baixa agressão ao meio ambiente, ainda se ouve comentários do tipo "Ah, os natualistas querendo mudar o mundo!", não! É simplesmente conservar o mundo, porque mudar a cabeça das pessoas é muito mais complicado do que ter atos saudáveis, protecionista. Não são os malucos não, são os heróis do cinema e do gibi que querem deixar ao menos as mínimas condições de vida para os seus descendentes.

Por isso, plante uma árvore no seu jardim ou quintal, evite os descartáveis, poupem o alto consumo, isso tudo não te deixará mais rico ou mais pobre, te deixará com mais vida, muito mais saudável. Experimente fazer algo do tipo, ninguém será perfeito, mas não seremos uma raça do imperfeito amanhã!


Não basta achar tudo isso uma tristeza!!!!




quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Cordão do Peixe-Boi 2009 - Parte II

"Marinheira, marinheira eu quero saber quem foi que mandou essa ribeira pra dançar no Peixe-boi?"

Com muita animação e colorido, o Insituto Arraial do Pavulagem agitou o centro histórico de Belém neste dia 15. Após a chegada do peixe-boi, vindo acompanhado por uma grande comitiva animada à barco desde a Praça Princesa Isabel, até a escadinha do cais, na Estação das Docas; ali milhares de pessoas que vieram brincar no cordão junto com o Batalhão da Estrela que já animavam o local, era o palco do início do cortejo cultural.

Este cordão contou com a Participação do Projeto Orube do Satélite, mais de 50 crianças que compõe a ação cultural fomentada pelo Insituto na comunidade do Satélite, com uma animação sem tamanho, estavam no início do cordão. Desta vez o Orube como sempre tem feito, veio com uma grande novidade, o "Cordão da Arara", com o mesmo princípio ambiental do Pavulagem o Orube também quer ajudar a promover a consciência ambiental nas crianças e adolescentes, pra isso escolheram a Arara Azul, uma belíssima ave com alto risco de extinção da nossa natureza. Os trabalhos desenvolvido pelo Projeto Orube é uma ação de cooperativismo das crianças, pais e da comunidade, assim nasceu em 2009 o Cordão da Arara do Orube, parabéns às crianças do Satélite por esta belíssima idéia.

O cordão do Peixe-boi terminou tradicionalmente na praça do Carmo, onde ali na chegada do cortejo, foi realizada a tão esperada "Roda Ancestral", onde todos os músicos e dançarinos numa atmosfera indígena celebraram a vida, num símbolo de energia e eternidade com cantigas ancestrais e populares, giravam em torno do magnífico Peixe-boi e todos os demais símbolos que fizeram parte do cortejo. O dia foi encerrado com o tão aguardado show da Banda Arraial do Pavulagem que por mais de um hora agitou a multidão que nem a chuva tradicional do inverno belenense pode atrapalhar. Viva o Peixe-Boi e a Arara Azul!!!!


Veja os ensaios para o Cordão do Peixe-boi:


Veja a Roda Ancestral - Pça do Carmo:


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Cordão do Peixe-Boi 2009

Mais uma vez, o Cordão do Peixe-Boi sai às ruas de Belém, uma ação do Instituto Arraial do Pavulagem que visa fortalecer a cultura paraense, através de cantigas, danças, ritmos e saberes populares. As oficinas preparatórias já iniciaram no CENTUR, sempre às 19hs; o repertório do cordão, denominado de "Cantação de Rua", é composto sempre por letras que remetem a desefa de nossa vida amazônica, contextualizadas através dos rios, aves, flores e outros. Estas músicas escolhidas, foram gravadas com o apoio de NÁ MUSIC com um quinteto de músicos que desenvolvem diversas ações com o Instituto, onde frutificou um registro maravilhoso destas belas cantigas que é a "1ª. Coletânea de Cantigas Populares" que você pode baixar e conferir através do site do Arraial do Pavulagem www.arraialdopavulagem.com.br.



O Peixe-boi é um dos brinquedos que o Instituto elaborou através de um conceito de preocupação com nossa vida na floresta, em desefa da Amazônia; por se tratar de um animal em extinção, indefeso e vítima da caça predatória que é morto quando vai a superfície em busca de ar, o Peixe-boi é o símbolo lúdico da vida neste cordão. Num grande pulsar, o cordão faz de Belém um momento mágico, um cenário alegre e cheio de vida, em sons ecoados nos casarões da velha cidade o Batalhão da Estrela harmoniza todo o cortejo com a participação de foguedos populares como os Mestres de Ourém, o Projeto Orube do Satélite e o mais novo grupo que vem somar e muito nesse momento o Cordão do Galo de Cachoeira do Arari.


O Instituto Arraial do Pavulagem sai às ruas de Belém neste período que antecede o carnaval , em dois momentos, no dia 27 de janeiro fará parte da Marcha de Abertura do Fórum Social Mundia que saí às 15hs da tradicional escadinha da Estação das Docas rumo à São Braz e finalmente no dia 15 de fevereiro no Cordão do Peixe-Boi.


Quem quiser ouvir as cantigas do Cordão do Peixe-Boi 2009 acesse AQUI!



Imagens dos Cordões de 2007 e 2008






Cordão do Peixe-Boi 2009
Dia: 15 de Fevereiro de 2009
Saída: Escadinha da Est. das Docas
Informações: 3230-5264 ou www.arraialdopavulagem.com.br