terça-feira, 23 de novembro de 2010

Muuuita água passa por debaixo dessa Ponte

Olá para todos.... quase que fechamos o anos sem atualizar nosso espaço...caracasss!
Bem bora logo ao que interessa informação! Gente, a dívida é grande mais será compesatória, vamos regressivamente ta! rsrsrsrs!
Quero logo parabenizar dois coletivos que durante este mês de novembro fez a diferença acontecer de forma marcante, primeiro ao parceiro Jonas Banhos, Mochileiro Tuxáua com sua Trupe NOSSA CASA, Barca da Leitura, Projeto PICOLER e de quebra ninguém mais que nosso estimado q valiosíssimo Mestre Cardoso de Ourém que estiveram no Piauí realizando o projeto ao qual foi contemplado pelo MINC e que pelas maravilhosas fotos não poderia ter sido diferente!! Sucesso! Fica aqui o estimado carinho e orgulho pelo trabalho que esse sangue baumm vem desenvolvendo, levando os saberes, os sonhos e principalmente ALEGRIA!


Que imagens boas heeeinn, bem, por aqui agente também não pára nunca! Agora a turma que tem um som massa do Filhos do Luar, Lauvaite Penoso e Cia Ltda, tem fortalecido as ações culturais do Sindifisco-PA, o projeto ZONA CULTURAL, no dia 19 molhadinhos pela dona chuva que ora estava abençoando ou melhor batizando a maravilhosa proposta cultural, que iniciou fazendo uma reflexão sobre a consciência negra, através da ficção "Vista minha pele" de (Joel Zito Araújo e Dandara), logo após, nossos ilustres poetas como Claúdio Cardoso, Mestre Apolo do Caratetua e outros, nos deliciaram com suas pérolas poéticas. A animação ficou por conta dos grupos "Filhos do Luar" que trouxeram diversas participações especiais, "Lauvaite Penoso", "Corda Bamba" e muitos outros deram o tom musical.
A Zona Cultural finca sua bandeira estética-musical com apoio do Sindifisco-PA, parabéns à todos os colaboradores, valeu!!!!



segunda-feira, 19 de abril de 2010

De volta

Nossa... faz tempo que não consigo postar nada...aff (desde 2009!! )

Muita coisa aconteceu...bastante né! Então, vou "tentar" ser sucinto rsrsr!

Bem vamos pela linha do tempo....os preparativos do Cordão do Peixe-boi, a obra da sede do Arraial, as 5ªs pavuleiras, Teia Amazônica, Teia Brasil, oficinas de Arte Educação e agora nos preparando para o Arrastão do Pavulagem... krakas!!!

Cordão do Peixe-boi e sede....
com as oficinas acontecendo mais uma vez nas dependências da Unafisco, de dança, percussão e perna de pau, a campanha de reforna do espaço da nova sede do Arraial foi fortalecida.
Muita gente abraçou essa luta, promoções, doações tudo foi muito importante no envolvimento das pessoas nesse processo. Mais de 40% do recurso capitado veio dessas ações, o restante ficou por conta da doação dos músicos Junior Soares e Ronaldo Silva. Conseguimos depois de uma trabalheira louca abrir o espaço no dia do Cordão do Peixe-boi para visitações.
De fato um grande passo foi dado pelo Instituto Arraial do Pavulagem, onde agora pode realizar oficinas e eventos para a cidade em um lugar próprio, com acesso à todos.
As inscrições, agora pode também ser feitas através do site (www.arraoialdopavulagem.com.br).
Mesmo com a ausência de Ronaldo Silva em função de sua recuperação de uma cirurgia, a banda Arraial do Pavulagem participou das Rodas Cantadas, onde também tivemos ilustres personagens como Allan Carvalho (Quaderna) e Ricardo Aquino (Som de Pau Oco).
O processo no final gerou bastante satisfação à todos do Instituto, mais ainda há muito a ser feito, a nova sede do Arraial certamente será passo largo rumo a maior qualificação das ações do pavulagem.

Fotos Oficinas/Cordão

Continua...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

FUNCARTEMM inaugura o "NAMARRA"

O município de Ourém (nordeste paraense), distante cerca de 180 quilômetro de Belém, é um lugar muito acolhedor, tendo o Rio Guamá um dos cartões postais que encanta e favorece toda a tranquilidade e beleza da cidade; Ourém é famosa pelos festivais de música, já tradicional nos meses de julho (Festival da Canção Ouremense). A música e arte sempre foram muito presentes da vida dos ouremenses, a resistência da cultura popular predominantemente pelos bois bumbás, uma riqueza que precisamos sempre respeitar e manter viva.

A pesar de não haver incentivo algum por parte do município para as manifestações tradicionais de Ourém, Arlindo Matos atraves da FUNCARTEMM (Fund. Cult. de Artes e Esportes Mundico e Manôla) que luta e dedica parte de sua vida pela cultura, arte e esporte de sua cidade. Foi com seus pais (Raimundo e Manoela) que Arlindo aprendeu a valorizar as manifestações e tradições populares. Com respeito e sabedoria cativou e se apaixonou pela arte das brincadeiras de rodas; não é a toa que o bumbá TARJA PRETA hoje consegue unir todos os brincantes de bois de Ourém através da FUNCARTEMM, colorindo as ruas por onde passam, tocando os tambores e cantando toadas para os brinquedos fazerem a festa.
Os mestres de bois de Ourém são um espetáculo a parte, através de suas músicas que tratam dentre tantas questões a consciência ambiental em suas letras, dão um brilho muito especial na brincadeira, acompanhada dos bichos que compõe a comédia do boi bumbá.

A pesar de tantas riquezas, a cultura popular de Ourém vive num verdadeiro descaso, porém, graças ao apoio de entidades como a FUNCARTEMM que no dia 21 de novembro inaugurou o barracão "Namarra", um novo espaço de cultura e lazer que a entidade certamente ali promoverá muitas rodas de bois, espetáculos e apresentações; a festa de inauguração foi muito bonita animada pelos grupos musicais Quaderna (Allan Carvalho) e Carimbó de Bolso (Félix Facon e cia), além é claro da grande roda de bois puxada por João Ceguinho do boi Tarja Preta, Mestre Faustino do boi Pai do Campo, Mestre Tuíte do boi Geringonça e Mestre Cardoso do Boi Ouro Fino acompanhados pelos seus batadores e cantadores (batalhão) o Namarra foi abençoado pela alegria e o carinho de todos os brincantes. A festa ganhou noite a dentro com o som do Quaderna, Carimbó de Bolso e a participação mais do que especial de João Matos, que cantou belíssimas canções, onde todos os convidados puderam prestigiar esse novo espaço dedicado a arte e a cultura Ouremense.




Quero parabenizar o parceiro Arlindo Matos que mais uma vez, com um grande esforço conseguiu realizar mais um sonho e que com o apoio de todos os seus amigos conseguirá fazer muito mais pela sua gente. Um abraço grande aos músicos do Carimbó de bolso e Allan Carvalho do Quaderna que fizeram da noite do dia21 uma grande festa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Brega do Pará

O que é brega? Responderia essa pergunta com outra pergunta. Tudo o que a população de baixa renda produz é lixo? Se você responde que "sim" então tudo o que você repudia é brega; se você responde "não", então o que é brega pode ser uma falta de ordem nos conceitos!

O que difere entre uma marca de refrigerante da outra, não é somente o sabor, mais o quanto você pode pagar por isso. As formas de condução de um produto ao mercado está associado ao mecanismo de comercialização, porém de alguma forma esse produto precisa agradar, essa é a fórmula para garantir o consumo, pelo menos até que outro não supere o seu diferencial com algo a mais. Assim mesmo é com o produto musical, seja ele qual for, com diferenças simples, o local de consumo e seus condumidores.



Hoje especificamente em Belém, o technobrega, o techonomelody e as várias derivações que surgiram da música boêmia da periferia, estourou de maneira grandiosa quando a população passou a ter acesso aos mecanismos de criação desse condeúdo; os computadores, os programas de computadores (softwares) e a internet demarcaram o início da evolução de uma cultura popular que agrada e desagrada ao mesmo tempo, é a música brega da atualidade, o "boom"da pirataria como globalizando, chegando a lugares que nem mesmo a TV aberta alcança.

A pirataria foi o mecanismo condutor do produto de consumo da música eletrônica, que associada aos ritmos da periferia com jargões e pouquíssima informação e mais gestos, caracterizou o modelo do ritmo que hoje movimenta um mercado de mais de 15 milhões ao ano só na região metropolitanade Belém.

Não há espaço para todos no mercado formal isso é um fato, dessa maneira com um pouquinho de criatividade com as palavras, um computador qualquer e um programa pirata, pode dessa mistura surgir um estouro nas festas de aparelhagem, local onde é a fonte geradora da música brega do Pará.

A comercialização de CDs é um pequeno gerador de renda ao produtor do brega, da distribuição até a audição pelo consumidor final, seja nos bares, nos carros e pequenas festas mantém a cadeia produtiva do gênero musical, mas é nas grandes festas de aparelhagens que tudo acontece. Um público da média de 3 mil pessoas por evento frequentam os ambientes das aparelhagens, regados sempre pelo álcool, os jovens dos bairros próximos se concentram para como dizem "curtição", um momento de extravasar as energias em maneira própria deixar de lado os diversos problemas sociais de cada um.
Como toda a foma de concentração juvenil, assim como no futebol as festas de aparelhagens reúnem as equipes. Grupos que produzem suas próprias músicas ou pagam para ter uma música que trate deles, denominados por "galeras". Se uma aparelhagem fizer o capricho de alguma equipe tocando as músicas deles, é o início para o desentendimento com outras equipes ali presentes, acabando então com a alegria de alguns e as vezes de todos.

O documentário "BREGA S/A" de Vladimir Cunha e Gustavo Godinho, retrata muito bem esse universo da música brega do Pará, as inspirações, as criações, os ídolos, o mercado e estilo de vida de quem curte as festas do brega.



Espero que todo essa forte massa tecnologica utilizada na produção e nos eventos da música technomelodybrega falado possa ser um dia ser dançado e curtido com mais alegria e romance com no passado. Se não fosse o forte apelo do sexo como produto e a pobre inspiração de seus criadores, poderíamos dizer que o techobrega hoje é a soma da música brega dos anos 70 e 80 com as batidas eletrônicas dos programas de computador, porém falta muita riqueza em sua inspiração para ter o título de brega de verdade, falta ternura e coragem de dizer a beleza que vida transpira, falta sentimento traduzido em palavras.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Oficina de Iniciação Audivisual - Resultado

Olá...saudade não ne?? hahaha...bem eu estava, então vamos logo esquentando a prosa e conhecendo um pouco mais aee.... abraço a todos!

O Ponto de Cultura Arraial do Saber realizou no mês de maio-junho sua primeira oficina de inciação ao audiovisual. Como proposta de atividade, o Ponto de Cultura de maneira singela, propos uma ação com tecnologia do possível, com uso de câmeras fotográficas digitais, os participantes puderam, a partir das temáticas elaboradas desenvolver seus trabalhos que de uma maneira simples, foram bastante valiosos. A proposta da atividade era mostrar a possibilidade de criação de conteúdos audiovisuais, a partir da experência melhorada com equipamentos simples e até conhecer técnicas mais avançadas no uso de ferramentas de edição de audio e vídeo com uso de software livre. Confiram o resultado dessa atividade abaixo:



sexta-feira, 10 de julho de 2009

Hora de Saúde

Amigos, estarei estas próximas semanas um pouco afastado das prosas de sempre. Estarei em busca de mais saúde, pois o ritmo de vida que tenho praticado, além do peso herdado ao longo de vários anos provocaram na minha saúde, doenças como hipertensão arterial e cálculos biliares, que com a somatização de outras anomalias gástricas provocam dores abdominais que já estavam gerando um desconforto muito grande; assim resolvi que estaria na hora de tomar decisões importantes como o resgate de saúde, assim estarei passando por duas cirurgias na semana que vem. Um passo bastante delicado mais que certamente logo estarei de volto a prosear com todos vocês.

Um grande abraço à todos!!! Até + logo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O ribeirinho e a urbana

Em meados de maio, fui convidado pelo parceiro Bené (Ampliarte - Mosqueiro), para participar de uma atividade audiovisual do Ponto Brasil/TV Brasil. A idéia era, a partir de temas propostos pelo Ponto Brasil, os pontos de Cultura e instituições poderem escolher um dos temas e compor uma idéia. Achei super interessante poder participar pelo nosso ponto de cultura Arraial do Saber, pois estava ai uma oportunidade excepcional para os dois pontos terem um produto (documentário) que iria ao ar em rede nacional e ainda poder explorar as idéias audiovisuais de cada um.

Tivemos um encontro de dois dias com a equipe do Ponto Brasil onde pudemos entender de fato como o projeto iria funcionar. Bem, nos faltava a idéia do projeto, nos reunimos e buscamos por temas que nos atraissem... o tema FRONTEIRA foi o contemplado. Daí mergulhamos no imaginário de questões que remetessem a pontes de ligação e logo nos deparamos com o barrento Rio Guamá, um rio que possui uma extensão de mais de 160km que se inicia no município de São Miguel do Guamá e desemboca na Baía do Guajá em Belém. Fonte de vida e de suma importância aos diveros municípios e lugarejos por onde atravessa. Era o Guamá nossa fronteira a ser explorada.

Mas como tratar de um assunto tão vasto em apenas um dia de gravação, bem, era esse o nosso desafio!
Várias idéias foram avaliadas, como falar de pessoas, jovens que moram na capital com origem nos interiores banhados por rios, e que possuem hábitos de lazer no Rio Guamá. As pessoas que contactamos não deu pé. Então resolvemos falar sobre o ribeirinho, alguém que tivesse de fato uma relação mais profunda com o rio, como uma dependência. Essa pessoa foi então a Lilian que possui Família no Murutucun e o Wilson que é morador da ilha, veja nosso MOC aqui!
Entrevistamos a Lilian que logo nos despertou bastante interesse e iniciamos nossa pré-produção; visitamos Murutucun e conhecemos a família de Lilian e o próprio Wilson, gravamos com ajuda de uma máquina digital e postamos no YOUTUBE. Confira.




E assim prosseguimos com os trabalhos, alugamos as embarcações que iriam nos ajudar no transporte e com as imagens; até que na semana de gravações do Ponto Brasil, nossa equipe se deslocou logo muito cedinho para a ilhas, encontramos a turma do PB no Porto da Palha (no bairro do Jurunas), fizemos algumas imagens ali mesmo, pois o local é o polo de comercialização do açaí dos ribeirinhos e inclusive o próprio Wilson que estava lá comercializando seu produto.
Saímos então com todos os equipamentos rumo a Murutucun, coletamos algumas images do rio, embarcações, ribeirinhos e etc.


Em Murutucun dona Léa, mãe de Lilian já estava de saída pra Belém junto com Sr. Cristóvão. Preparamos o material e alí mesmo na sala da casa fizemos a entrevista com Lilian, ela um pouco nervosa, não perdeu pra nada não, de forma muito bacana contou um pouco de como é sua vida e sua relação com Murutucun.

Ainda tínhamos que fazer as imagens com o Wilson, que até então não havia retornado de Belém, logo iniciamos nossas imagens pelo açaí; Rafael de 12 anos foi quem preparou sua própria peconha e como um lagarto subiu no açaizeiro e desceu com o cacho de açaí nas mãos, debulhou na cesto que eles chamam de "rasa". Até que finalmente chega Wilson, e como tanto queríamos, fomos gravar sua entrevista. E simplesmente Pit, como Wilson é conhecido no lugarejo, em seu belo depoimento fez o silêncio e a emoção brotar na turma ali presente.

Já estávamos como assim dizer "contemplados" com a proposta do documentário, encontramos nas palavras de Wilson uma resposta da significância que o Rio Guamá representa na fronteira com o outro lado de vidas.
Saímos de Murutucun com bastante saudade, em saber que alí pessoas vivem de forma bem diferente da realidade urbana como a de Lilian; experimentar esse convívio com tamanha diversidade real nos faz sentir o quanto a vida tem mais pra nos dizer do que os livros revelam.

Ainda temos algumas etapas, como gravar a trilha sonora que contará com o talendo do guitarista do Arraial Marcelo Pyrull e o percussionista João Paulo. Assim que o documentário "O ribeirinho e a urbana" tiver data para ir ao ar pela TV Brasil postarei aqui para que os amigos possam prestigiar este curioso trabalho.

Até lá então!!!!